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NOIVAS EM BERLIM

Liliana Liviano Wahba
Psicóloga, PhD; docente da PUC-SP. Co-editora da Junguiana e da Psique em Foco. e-mail:lilwah@uol.com.br

 Cidades, como corpos, têm suas cicatrizes e um espírito que as movimenta. Berlim representa o que há de mais atual e moderno na cultura ocidental: feiras internacionais, museus de arte requintados nos quais se exibem mostras permanentes e temporárias que expressam a arte desde a antiguidade até os tempos atuais, concertos de eximias orquestras e acústica impecável, moda internacional, a pujança dos negócios, da indústria, a herança de uma cultura que alavancou nosso pensamento filosófico e literário. Suas ruas, cafés, restaurantes, fervilham e as pessoas transitam em ritmo fluído e constante, desenhando o percurso de uma cidade que procura apagar o passado de dor e devastação.  Marcas do muro de Berlim, hoje ponto histórico e turístico com ruas repletas de lojinhas e objetos do antigo regime comunista. Berlim oriental ainda perdura na constituição sócio-econômica de uma cidade que registra a divisão em monumentos das quatro Berlins já existentes. A marca mais pungente refere-se, certamente, ao período nazista, motivo de vergonha, lástima, e de certa irritação, por ter que evocá-lo a cada visita do estrangeiro, a cada indagação muda, olhares assombrados, corações constritos. Na memória de ruas e de edifícios já desaparecidos, ergue-se a sombra da Gestapo, da SS, de indivíduos que levaram toda uma Nação e países civilizados a apoiarem e serem coniventes com o que Jung (1954, par 302) denominou: “O Deus do Terror que habita na alma humana”. Difícil dizer o quanto e como ressoa em cada um: desde a ignorância, a justificação, o ódio ao diferente que perdura, até a elaboração da culpa coletiva para uma possível expiação e comunhão.

Visíveis são as cicatrizes  e as marcas da Guerra e da estupidez humanas. Estupidez esta que difere de um retardo mental e expressa um retardo da alma, uma incapacidade de apreender valores universais de convívio e de metas para o desenvolvimento – hoje em dia – chamado de sustentável. A pergunta é, e sempre será, precisamente, do que nos sustenta enquanto seres humanos.

No meio dessas dolorosas contradições e indagações, um símbolo emerge, colorido e singelo, repleto de graça inocente e divertida: um grande salão de baile no qual rodopiam noivas de branco, alegres, dançando com seus pares, num desfile permanente de contentamento e celebração à vida. Algumas daminhas púberes e crianças, também ataviadas de noivas, as acompanham. Trata-se de uma reunião dos noivos que casaram naquele ano. Elas formam uma rosácea branca com matizes do espectro de cores do ambiente e de seus cavalheiros, em movimento suave ou agitado segundo o fundo musical; bebem, dançam, posam, riem, abraçam, sobem e descem uma escadaria que representa o movimento kundalínico e espiral de estados diversos da energia da natureza. Prometem a geração de uma descendência saudável, talvez imbuída dessa graça renovada, da pureza abençoada sem a qual a inteligência humana torna-se mortífera arma de irreparável destruição.

ReferênciaJUNG, C.G. The development of personality. In: The Development of Personality. CW 17. Princeton: Princeton University Press, 1954.

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