fbpx

Inveja Criativa – O resgate de uma força transformadora da civilização

inveja-criativa-o-resgate-de-uma-forca-transformadora-da-civilizacao-1

Inveja Criativa – O resgate de uma força transformadora da civilização

inveja-criativa-o-resgate-de-uma-forca-transformadora-da-civilizacao-1Autor(a): Carlos Amadeu Botelho Byington*

Este livro defende a tese de que a inveja é uma função normal e muito importante para o desenvolvimento da Consciência do Indivíduo e da Cultura, e que se torna destrutiva somente quando desviada da sua função criativa.

O autor interpreta a causa de a inveja ter sido tão mal considerada através dos tempos à sua imensa capacidade criativa, contestadora e revolucionária. Segundo Byington, desqualificamos a inveja porque tememos o potencial criativo do nosso instinto principal, aquele instinto que Jung denominou o Instinto de Individuação, que nos fascina e impulsiona em direção a Deus ou à Totalidade, como se prefira dizer.

Uma visão distorcida pelo puritanismo interpreta o sofrimento humano como prova da nossa ruindade inata e justifica a repressão e a culpa que impedem admirar e amar a grandiosidade milagrosa da nossa criatividade.

O apego às conquistas do Ego é a maior causa de estagnação do desenvolvimento individual e social. Não é por acaso que o desapego tem a mesma importância que a compaixão no Budismo e no Cristianismo. Ao estimular o apego ao novo pelo desejo, pela cobiça e pela voracidade, a inveja estimula a busca do novo e atua como uma das principais fontes de desapego ao que já se tem.

Quem nega a inveja, nega o desejo e se condena à estagnação.

Partindo da relação entre a genialidade de Mozart e a insegurança criativa de Salieri, o autor volta à Gênese, ao pecado original do Cristianismo e à Psicanálise para demonstrar que a inveja tem sido desqualificada e reprimida na História da Humanidade pelo medo que temos da nossa pujança criativa. A inveja é irmã da ambição. Ambas lutam igualmente pelo desenvolvimento. A ambição promove o Ego e a inveja cobiça o que é do outro. A Consciência tradicional é maniqueísta e divide as funções psíquicas radicalmente em Bem e Mal, certo e errado, belo e feio. Com isso, a Consciência se torna unilateral, reprime o lado que julga mau e forma uma Sombra intensa no Inconsciente, que é projetada e ataca os outros. Essa é a História ternária e paranóide da Humanidade, na qual o Ego vê o Bem e o Mal nos Outros e não em si mesmo.

No âmago de sua obra, Byington descreveu o Arquétipo da Alteridade, um padrão quaternário da Consciência Individual e Coletiva, no qual o Ego percebe a polaridade Consciência-Sombra em si mesmo e no Outro. O Arquétipo da Alteridade é o paradigma do Amor, da Ecologia, da Criatividade, da Socialdemocracia e da Economia Sustentável, e permite ver todas as funções psíquicas, inclusive a inveja, atuando ora no Bem, ora no Mal, na Consciência e na Sombra do Indivíduo e da Cultura.

*Carlos Amadeu Botelho Byington é médico-psiquiatra, educador e historiador. Fez sua pós-graduação no Instituto Jung na Suíça. Retornando ao Brasil, ampliou o conceito de arquétipo para englobar também a Consciência Individual e Coletiva. É membro fundador da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica e membro da Sociedade Internacional de Psicologia Analítica. Criador da Pedagogia Simbólica Junguiana e da Psicologia Simbólica Junguiana.

Autor de inúmeros artigos e vários livros lançou pela W11 Editores o livro Construção Amorosa do Saber – O fundamento e a finalidade da Pedagogia Simbólica Junguiana e pela Editora Linear B, o livro Psicologia Simbólica Junguiana – A viagem de humanização do cosmos em busca da iluminação.