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CENTRAL DO BRASIL

Direção – Walter Salles

Roberto C. Leal
Psicoterapeuta Junguiano e Economista

Dora por um real escreve cartas para pessoas analfabetas que passam pela estação. Por dois reais compromete-se a enviá-las também. Cartas que Dora nem sempre envia, pois passam antes pela sua aprovação e de sua vizinha. Um dia, Ana aparece com seu filho, Josué. A carta é para o pai do garoto, que o menino sonha em conhecer. A carta não é enviada. Dias depois Ana reaparece, dita uma segunda carta e pouco depois morre atropelada na saída da estação, diante do filho. O menino fica uns dias pela estação. Dora acaba acolhendo o menino, mas o vende como mercadoria para um negociante de órgãos humanos e com o dinheiro compra uma televisão. Sua vizinha ao saber a reprova. Dora arrependida recupera o menino, envolvendo-se com ele. Termina por levar Josué para o interior do nordeste, à procura do pai.

A partir daí as perspectivas individuais e coletivas se entrelaçam através dos temas: lugar (pertencimento e origem), memória (cartas e tradição oral) e re-construção da afetividade (vínculo, compaixão, parentesco e alteridade).

Intencionalmente a carta é o fio condutor, o pretexto para uma voz se fazer ouvir, uma voz coletiva.  Dora no início representa o descaso, alguém que não percebe o outro, apequenada em sua solidão.

Cada diálogo se desenvolve a reboque das imagens.  No início as imagens são planos mais fechados, restritos. A partir da viagem, planos mais amplos vão se apresentando, como uma nova perspectiva que surge da interioridade de Dora, fazendo-a perceber-se e ao outro.

No percurso de Dora se apresentam várias etapas de transformação de sua psique. Através de Eros, o despertar: a paixão pelo caminhoneiro, o batom para embelezar-se e prosseguir com o vestido azul dado por Josué. O luto através de Josué – o lenço branco e a capela no interior do sertão – pretexto para ajudá-lo a enterrar simbolicamente a mãe. O inconsciente coletivo expresso pelo desconhecido país que se apresenta, a ancestralidade explícita através dos cânticos religiosos entoados de uma tradição oral e um culto a esperança de um país em busca do pai, assim como Josué.

Na medida em que as imagens vão ganhando mais foco, se ampliando e particularizando ao mesmo tempo, Dora vai se transformando, o semblante vai se tornando mais leve, o olhar para o outro ganha brilho.

Dora consegue levar o menino até sua família. Lá descobre que o pai está ausente. Mas uma carta lida a pedido do irmão mais velho de Josué o traz de volta. Sua existência é retomada pelo sentimento de pertencimento ao lugar, as tradições, ancestralidade, lugar de sua morada, família e comunidade. Essa existência na ausência do pai se dá pela fraternidade, talvez uma boa pista para o povo brasileiro.

Ao final Dora deixa uma carta para Josué e sem a indiferença anterior que lhe era característica, responde para ele a para si mesma a possibilidade da vida.

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